terça-feira, 17 de junho de 2008

Feroz Tempo


12/12/2006 - Terça-Feira

Diante de meus olhos toda uma vida
Onde estás ó inoportuno, feroz, relutante tempo
Levais minha maior lembrança pelos fortes ventos
Me leve contigo por caminhos sem saída

Saudade, és minha, por todo sempre inimiga
Machucas, fere, destrói corações, sim, és tristeza
Significado de dor, sois a perdição, fraqueza
Impregnada em mim, á conjuro a maldita

Memórias lindas perambulam pelos meus conturbados pensamentos
Me maltrata a alma, me espedaça todo
Acabaste comigo, me perturbando, corroendo aqui dentro

Não estar sóbrio poderia ser uma vantagem
Estar lúcido, me faria descrever as farsas
Escrevo com a alma, calma precisa, incessante coragem




Este poema foi feito exatamente no dia do jantar de minha formatura do colegial, clima de fim de festa, despedida, uma das últimas vezes que a sala vai estar reunida, resultado: de súbito uma grande tristeza, e melancolia por isso. Pela primeira vez fiz um poema com os ânimos alterados (um pouco tonto, um pouco embutocado de bebida alcóolica, rsrs), profundamente triste. Foi sincero, verdadeiro, o que eu sentia no momento, do mais profundo âmago de meu ser, foi transposto para o caderno, ou melhor, o que eu ainda sinto. Saudades.


AUTOR: Maico Fernando Costa

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