domingo, 11 de abril de 2010

Vastidão

Quão vasto é o mundo perante as obsolescências românticas reinantes. A vida é poesia, a poesia introspecta, externaliza em sons silenciosos os múrmurios gritantes que as pessoas emitem sensibilizar. Situações de permissividade, sugestivas idéias para sentir as dores deste planeta água. Pranto nos olhos,coração em chagas, e as imagens ao redor ecoam sem deixar rastros. As pegadas não fazem apreender esperanças, ando por estas trilhas que só levam à uma terra sem lei, sem justiça, fluida e ao mesmo tempo indissociável enquanto seres. Ah se meus sonhos unificassem a aurora inebriante romancista, faria chover estrelas de amor sob vozes e toques produtores de calmaria. Almas perdidas, carentes faltosas. Minha falta se encontra em você, identifica-se, humanizo-me, partes faltosas que quando convergidas num mesmo espaço se completam apesar de todos percalços que os acontecimentos oferecem, e por um triz não escapo, um suspiro e nada mais, o suficiente admirável.


M. F. C.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Flor Lírica


Abro mão de ti insensível
Orgulho feroz cão resoluto malvado
Horripilante mágoa, implicante impiedoso soldado
Executo-o malvado monstro rancor invisível

Liberto-te de mim pássaro alado
Voe livre natureza, sua liberdade
Sinta todo o universo contemplado
Leve suas penas pássaro selvagem

"Intrépido cowboy" dos sertões inabitados
Sua coragem o prende solitariamente
Deplorável individualidade dos maus cuidados

Convido você que não existe
Em algum lugar germina pacientemente
Verdadeira flor lírica, queime ardentemente



M. F. C.


Vai o mundo lhe espera. A liberdade é uma dádiva subjetiva, não existe dominação, senão em sua permissão consentida.
Quero Descer.

domingo, 4 de abril de 2010

Clima Febril


A noite é breve
Os dias são abertos
Este clima de febre
Sempre. Enamorados tão espertos

E José senhor oportuno
Tristão Pedro infeliz infortúnio
Uma feliz desleal empatia
Eterna pathos injúria sadia

Blasfêmia besteira fictícia sinceridade
Inexiste isto diante falsidade?
Comediante vinho coercivo aproveitador

Isolda, teatral peça banal?
No final inexiste final
A infeliz quieta reciprocidade



M. F. C.

sábado, 3 de abril de 2010

Aquecidas Horas


Recebo suas mãos enquanto não te conheço
Inspiro o aroma perfumado de sua pele
Jogo para fora toda ânsia pelo contexto
Está frio aqui nesta sala, me leve

Vou de frente com o futuro calor
Projeto volições tempestuosas do âmago meu furor
Encontro você parada na janela me esperando
Chegando na calada noite, à ti, cantando

Onde estão todas as pessoas para conter
Em vão todas num ato consciente deter
Sou o ceifador de monótonos processos românticos

Aquecidas horas em épocas de estranho movimento
Cadê tudo ao redor quando preciso lembrar
Dias já não fazem sentido sem amar



M. F. C.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Plausíveis Fábulas!


Mundo utópico inerente fantasia
Fundo inóspito emergente magia
Parábolas constroem saber plausível
Fábulas corroem conhecer inteligível

Seria pérfido condutor afetuoso
Teria sórdido indutor monstruoso
Nada apropriado faz subjetivar
Cada amontoado jaz estagnar

Pudera empilhar as imagens
Esconder as expressões malgradas
Quisera vendar as miragens

Denoto inobservar fato vidente
O mistério do planeta indissolúvel
Aponto repugnar tato recente


M. F. C.


Motivo: engraçado e ao mesmo tempo estranho, com uma pitada de preguiça e isenção de sentimento, penso no momento que de todas minhas poesias, esta é uma das poucas, senão a única em que não coloquei sentimento. Enojo-me, totalmente mecanicista este ato de escrever, apertei no automático e fiz.