"AS MESMAS LINHAS DESCRITAS PELO REAL SIGNIFICADO DE UM OLHAR SÃO AS MESMAS QUE MOSTRAM A VERDADEIRA PUREZA E VERACIDADE QUE LHES SÃO ADVINDAS DE SEU SER" E no Final Inexiste Final!
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
HUMANUS
Ame-a como rara sente-se amar
Crie estradas. Como queira chamar
Chame de universo único (este lugar) cativante
Declame pulsante, implante, é apaixonante
Estranho, parece meu primeiro dia
Não sabia que pessoas entravam,
amarravam-se por laços que sonhavam,
acreditando que este instante não chegaria
Vivia cada manhã, caindo,levantando,
conhecendo, desenvolvendo, sorrindo e cantando.
Cansava-me também, queria gritar (berrar), brigar,
mas logo cessava, queria (então) abraçar
Por quanto vale este esforço?
Cabe este suor no rosto?
Percebi que faço por pessoas
Faço, se faz por amor
Cada folha espalhada ao vento
Inefávelmente compõe perene nossos momentos
É azul meu coração...
M. F. C.
domingo, 13 de novembro de 2011
Brilho Pássaro
Sabe ser doce esta cintilante estrela
Cabe em um coração estonteante sereia?
Um tanto única esta bela altiva
Um encanto que guia, jovem cativa
És ponto que alastra por flores
Composto de nortes, afetos, sem semblantes
Em postos ternura, curas de implantes
És pronta que arrasta seus seguidores
Vez outra lhe chamam de pássaro
Vez outra lhe confundem ao laço
Chama-te forte mulher entre longas jornadas
Por um lado calcule incomensurável sorriso
De outro, ainda não vale paraíso
Carências são pós ante seu brilho
M .F .C.
domingo, 18 de setembro de 2011
Passagem
Observe o movimento sobressair aos cantos
para tomar suas próprias conclusões hipotéticas,
se ventos dizem falácias privo-me de canto
Se achas isto, fato, aparências miméticas
Infiel véu apelante ao óbvio desguarnecido
de tanto vencido percebes ser desprovido,
do mais puro e alto senhor,
aquilo que talvez sábio, denominou-se amor
Quero exprimir-te daqui veloz corrida,
alegada de riscos, conjunta de afetos
Fortuna de medos, permuta de credos
Realizada de metros, sobre vistas condutas
Empoeirada de anúncios, situei-me ao ilhado
Vislumbrei olhar, queimei em restantes labutas
M. F. C.
Primavera
Encorajei-me em dizer ao menos um
momento que um dia quis num
tento provar-te ser aquele que acalanta
sua pressa em não querer alvorecer
Sua é sua, deixe-se voar, sua
Tuas andanças, teu romance já não
somente pertencente à ti, sôfrego chão,
és meu espaço seu alicerce, tua rua
Pensei lhe falar que os encontros
Cerceiam as arestas calcadas pelo errante
Que os caminhos convergem. Encante-me!
Folhas não mais caem. Encontre-me!
Pensei que sou tempo, inexorável mutante
Implacável e transformador, encontre-me noviça passarela
Primavera...
Flores mais perseveram...
M. F. C.
domingo, 31 de julho de 2011
Portas que vão
Parece-me que em algum lugar
as pessoas aprenderam se desgostar;
eis a resoluta morte disso,
a ininterrupta fonte do isso
Os desejos não podem ser expressos,
almas devem pagar pelo ingresso,
da felicidade encadeada por vozes,
da calamidade chamada às vezes.
Às vezes cabe pensar a denominação
Em vezes faz chamar-lhe coração
Ingrato querer vagar “vagarosamente” vacante
Gritei pelos ventos viajados velados
Passe aos lados, veja quão
fortes são portas que vão
M. F. C.
Nada mais, não mais
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Profundo
Passado este como futuro
Celebrante o dia , o tempo vindouro
Nada muda, se edifica, se perece
Se quer, se esquece
Uma esperança em crises em espécie
A ilusão se repete ao filme que se envaidece
Se soubesse o saber do amanhã
Minha pessoa se rejuvenesce a cada fantasia, ela cresce
Profundo é o abismo que separa-te de mim
Perene é a noite que prolonga
a dor sem fim, sem trégua, sem mais
Choro no outro, em ti
Dói-me ouvir o silêncio que paira
na eterna dúvida que escapa, que espera
M. F. C.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Carne e Desejo
Os corpos se entrelaçam na sintonia
Que o ritmo proporciona à magia
Rudes com o vazio, movem-se descontinuamente
Enveredando por caminhos abertos insinuantes vulgarmente
Vulgar é não ter o contato
Em vão obscurecer o doce laço
Pés de fibras, eles dançam, criam
Eles sentem, pulsam, ignorando o estático
Forte aperto ao peito, de tanto
perto que despertos querem olhar
Olhos nos olhos de fixo encanto
Irrelevante concretizar o que está consumado
Os corações não necessitam de fatos
Obsoleto proferir musicalidade somente no dado
M. F. C.
Supérfluo Livro
Sinta-se num universo onde tudo
E todos parecem desejar fundo
A calmaria vazia do leve
Inefável e balançar das folhas
Passe e flutue na efervescência
Dos jogos apaixonados, loucos, frágeis
Por vício,por risco, eloqüência
Retórica, gostas de subornar imagens
Calor que bate, racha, invade
Respira sem conter as vidas
Vidas trabalhosas, cansadas e divididas
Plantou-se nas raízes nocivas, vívidas
Siglas escamoteadas no supérfluo livro
Seu cheiro num reverso giro
M. F. C.
Entrelinhas
Escrevo para não escrever entrelinhas
Navego não sendo senão vigia
das vontades caladas pela vigília
boicotadas invejosamente transcritas em linhas
Mente não poluente supõe ausente
no cenário de peças falsas
por nuvens inventadas em balsas
que navegam incessantemente vendadas, inocentes
Prenhe de injúrias ele está
Lento de juras, sim, quiçá
Sábio monge precipitado no silêncio
Em seu rio líquido incognoscente
as aves nadam de gritos
palavras são palavras, são ritos
M. F. C.
sábado, 23 de abril de 2011
Enluarado sol
E se fôssemos a noite inebriando
seus amantes na volúpia dos enamorados?
Dançaríamos descontrolados a astúcia dos alienados,
desviadas as estrelas, destemidas amam encantando
É luz que aflora nos cantos
sem glória, de glória os santos
imploram. Somos humanos desejantes de impulsividade
Calamo-nos ante o ardor da proximidade
Meus movimentos perpassam suas linhas indescritíveis
Tecem seus traços delineando suas curvas
Envaidecem pássaros, gracejando-te, admirando-te, linda, nua
Acalantadora, doravante lua, merece teu prêmio
É raio dourado que revigora milênios
Embriaguei-me no deleite beijo dos céus
seus...
M. F. C.
domingo, 17 de abril de 2011
Pedaço por pedaço
Dói-me não fruir, lutar contra
o mal assolador que remonta
reiteradamente minha tortuosa irreparável sina
Vidas esquecidas, uma por dia
Pedaço por pedaço, caco em
despedaço, este embate são larvas
que estancam o apodrecido sem
memórias preenchidas de corpos, estacas
Cravadas são o resumo sucedâneo
do louco, do enforcado litorâneo
prostrado no amontoado arenoso, aquático
A imensidão dos pântanos reduzidos
são as algemas que enlaçam
meu coração, preso, já vencido
de tanto fala ele chora
de tanto cala-se ele implora
O canto o seu pranto
M. F. C.
domingo, 27 de março de 2011
Nobre jovem Poeta
Ei menino! Já pensaste em não renegar?
As vontades caladas, guiadas, denegadas em vão
podem ainda por tentar não mais deixar
que as minúcias possam lhe encarcerar nesta reclusão
Verse versos viris versáteis vivos seus vícios
Deixe-se inebriar pelas paixões efervescentes de outrora
embora por vezes entenda derrotas como inglórias
Levante e encante, tuas rimas dispensam suplícios
Jovem Poeta, és espontaneidade, cara rara raridade
Preservei-te dos engodos exasperados de fortes ditos
Bastei-me aqui jubiloso em aclamar honrosa amizade
Felicitações meu caro, às canções em advento!
Os dançantes celebram cantantes esta socializante celebração
Congratulações pelos seus, às emoções em contento!
M. F. C.
Do Afeto
Conto para que não se esqueça
Do dia invólucro nos moldes romanescos
Do puro, fora escuro. Jogue-se! Enlouqueça!
Não deixe que a vida desapareça
Minta sem preceder e comova eloqüente
Siga em querer e iluda inconsequente
Laços não admitem regras que normatizam
Meus passos guiados se enganam, martirizam!
Eis que as correntes do afeto
me aprisionam; ingênuo, não as percebo
Tomam conta do cerne da minh'alma
Ah se o se detesse
Não colocaria a expectativa em cárcere
Minha clausura inventa fantasia, glorifica-se célebre
MAICO FERNANDO COSTA e GUSTAVO GUIMARÃES FERRI
sábado, 5 de março de 2011
A Rua
Começo por descrever um menino
Arremesso as angústias que circunscrevem
Ele, sozinho, pássaros em perigo
Ventos no tempo, profetas prescrevem
E essa sensação de antemão
Anuncia a insatisfação do coração
Palpita aceleradamente des-compensando o irredutível
Duvido desta vazia população indiscutível
Um esboço sem forma adequada
O menino de toalha molhada
A rua silencia seus pensamentos
Não existem números, inexistem pessoas
E o vento? Confunde realidade
Estou lá, minha resoluta maldade
M. F. C.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Águas Concretas
Paralisei as paredes, cristais figuras
Inventei nuas redes em gravuras
E as condições petulantes teatrais
Transladavam itinerantes por atos banais
Este céu revolto. Então nega!
As pregas livremente aquiescem escapar
Se abre solto, ele navega
Este céu inefável quer enganar
É indiferente estar com você
Eu, mim, sou eu mesmo
Seu semblante não mensura peso
Descritível delinear as linhas atravessadas
A muralha que circunda jubilosa
As marés furiosas já ultrapassadas
M. F. C.
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