sábado, 28 de novembro de 2009

Aventureira Garota



Incognoscível brilho, evidente sorriso
Intransponível luz, mostra-te você
Visível estrela, tenho dito
E falo, único ser

Olá moça aventureira, sinta
Arrisque viajar pelos vales
Conduza elementos, domine mares
Engane o óbvio, minta

Música de sua vivência
Coroa de seu espetáculo
Eleva-te complacente em clemência

És carinhosa aos circundantes
Reflexiva por agir pensar
Expressiva cantante és doravante



M. F. C.


Poesia feita à uma amiga.

Nozes Roubadas


A espera se fez relutante
A conquista anuncia apaixonando
O monge desperto acordou gritando
O advento esperto enxergou-se saltitante

A pérola renovada permitiu-se permitir
A mesma novata consentiu acontecer
O tempo maleável quer existir
O momento instável prefere viver

Carícias de intimidade, nozes roubadas
Trocas de verdade vozes sintonizadas
Assim pronuncia o início inesperado

Partimos juntos o brigadeiro apreciado
Ele aproveitou acreditar no instante
Assim alertou quer era esperado



M. F. C.

Em especial, diferentemente do que acontece quando escrevo, desta vez fiz este poema à pedido de um amigo meu, explicitando o início de um romance seu.

Pétalas Jogadas ao Acaso


Reconheço estes olhos lacrimejantes de ira
Compareço nestes sopros viajantes de reverso
Negra lua, vida sua, amostra divina
Vaga luz, morte cruz, vasto universo

Cadê o chão suportando a pureza
Pra quê então sustentar o firmamento
Desenlace este laço sufocando aquele tento
Ordene um pássaro cantar sua riqueza

Distribuo vermelhas rosas cortejando uma princesa
Arrisco-me desprotegido sofrer negativa visível franqueza
Ninguém percebe o quanto sou perseguido

Recolho as pétalas jogadas ao acaso
Perdi o zelo salutar sempre atento
Ninguém avista os montes? Tenho prazo



M. F. C.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Retalhos Contidos de Entrega


Saborear o infortúnio transcende a caricata realidade
Meu deleite se cristaliza na reiterada calamidade
Meu enfeite se imortaliza nesta inventada esperança
Ignorar o dilúvio produz compreender nefasta vingança

E se fez o renascimento involuntário emergente
E se deixou acoplar real verdade insana
Ai de mim abstrair igual variedade mundana
Ai de mim receber tal merecimento divergente

Necessariamente a liberdade mergulhada em busca desenfreada
Irremediavelmente a mocidade contemporânea sem luta apaixonada
Presente languidez com retalhos contidos de entrega

O recorte transforma a alma doente tardia
A indiferença esconde a calma afoita louca
Oh escuridão graça minha, meu hálito dia


M. F. C.