sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Minhas Letras


Que minhas palavras cheguem
até seus olhos.
Que minhas poesias assosseguem
o furor cego.

Minhas letras por anestesia acalantem
suas dúvidas.
Não nego!

Conduzir-te-ei pelas encruzilhadas
prostradas por tuas estradas.
Que meu afeto seja para ti
como o doce deguste dos doces
prazeres mundanos.

Minhas idéias constroem,
desobstruindo o mais dos profanos.
Enxergo adjetivação!

Guiar-te-ei por nuvens estruturais
voltadas para o céu em ascensão
em montes esculturais.

Que meus eternizados versos nestas linhas
Digam que ao menos um momento
fui temerário idealizador.
Não temo!

Minhas ações, independentes de relações
Invadem territórios cordialmente
num fervor avassalador.

As vontades não cessam em refutar.
Que minhas lágrimas não existam
para enfeitar meu pranto.

Que estas estrofes não coexistam
somente invólucras por rimas.

Minha velocidade épica gritará
seu coro.
Me entrego!



M. F. C.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pedaços


Queria dizer-te apenas para externalizar
Seria pétalas seu todo completando
Despretensiosamente dedo de prosa contemplar
Não intencionadas num sopro cantando

Quebre meu cristal com suposições
Definhe minha cortesia com indagações
Questionamentos críticos fazem norte diluir
Minimamente em pedaços quedantes cair

As asas se cortam rompidas
Como partes recíprocas interessadas fingidas
Um lado somente demonstrou inclinação

Antes do começo já desfeito
Note calejado simplório no chão
Jovem sonhador fantasiando ser paixão




M. F. C.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Receosa Expectativa


Que expectativa antecede audaz
O medo torturante precede surpresa
O cetro dominante atiça capaz
Essa narrativa por premissa receosa

Ei! Tente não ser tentado
Ao incerto tempo se aproximando
Ei! Sente e espere cantando
Ao som romântico e falado

Futuro e hipóteses são detalhes
Frutas de veneno, perniciosos males
Uma fuga de menor momento

Na corrida pelo pote dourado
Pessoas imaginam competindo às cegas
Lute e não coloque rédeas





M. F. C.

A Rocha Chocada


Uma rocha chocada por fora
Numa tocha queimada cor abóbora
Entristece-te mendigando força em colo
Envaidece, empalidece inatingível sem solo

Um véu de vendas ousadas
Num muro de fendas estagnado
Recebe acolhimento fraterno coitado malgrado?
Banalize, batize suas armas fundadas

Fingir fugir fingindo final feliz
Caro falso poder, ideal raiz?
Esqueça as ordens idiota temente

Demência partícula parte nobre esnobe
Escureça afetiva carência! Jovem sonhador
A imanência banida possibilita, encobre




M. F. C.