sábado, 29 de agosto de 2009

Enquanto Audaz




29/08/2009 - 4:25

Já descobriram meu segredo
Defeitos que só sei como são imperfeitos
Já mediram meu medo
Aqueles, estes olhos, transformam, pronto, feito
Ah se as linhas da paixão fizessem denotar direção
Ah incontrolável ímpeto amoresco febril
Ânsia por cada sorriso, olhar desviado, cumprimento acidentado
Uma voz ainda que de viés tardio
Diga menina moça, te assustas em levar-me ao mais dos desertores, do que não se calcula?
O coração?
Perpetue doce mel, intocáveis enquanto permanecem
Medo
E revelou-se estagnado enquanto seres
Muito além do que se imagina
Intensa durável interrogação
Repudiei seu tento
Uma razão
A deixa se dilui no tempo
O momento se faz na lembrança
A música se fez única
E os personagens se disseram saciados


M F. C.

“Nossas dúvidas são traidoras e cruéis, e nos fazem perder o que com freqüência poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”
William Shakespeare

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estranho Cupido




25/08/2009 - 1h35min.

A menina que enxergava, encantos produzia
Um anjo alternativo, divino poderio desconcertante
Um mágico pensativo, coercivo feitio hipnotizante
A menina que observava, criava poesia

Pra lá de mim estranho cupido
Me deixe, narcísico esnobe amor sentido
Me impeça de loucura, indiciosa missão
Longe de mim ilusionista cega visão

Fadado a desvendar o nebuloso mistério
Esconde-se por deter nefasta insana voluptuosidade
Sujeito platônico apaixonado, crente, pede piedade

Estranho cupido arqueiro impiedoso, força enlaçante
Preso nas celas do sentimentalismo cognoscível
Fazes-me existir em ti donzela intrigante



Autor: Maico Fernando Costa