segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Onde Estive


Onde estive quando a eloqüente
indagação resoluta permeou
meu coração
Onde estive quando a conseqüente
informação astuta nomeou sua intenção
Onde estive quando sua voz descreveu aos meus olhos
como sofrer sem ao menos manusear
Mesmo simples ato em dirigir
a palavra proferir
reduzir-me-ei em cinzas
Tua sonoridade me dilui
Nua veracidade me institui
Pranto seco
Onde estive quando o inevitável
movimento das folhas
revelava que não era
Onde estive quando a irrefutável
marca me deteve
Os ciclos se fecham
Onde estive quando me escondia
As palavras soltas anunciam
Chamaram, reclamam, eclodem.



M. F. C.

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