domingo, 14 de março de 2010

O Amor


Não nasci para vivenciar empiricamente o amor, nasci para percebê-lo. Não nasci para tocar e/ou experimentar o amor, nasci apenas para senti-lo, descrevê-lo, escrever sobre ele. Sou o próprio, me coloco nos interstícios do enredo romântico e da insanidade salubre humana. Permuto entre idas e voltas no âmbito sentimental, acomodo-me em observar apenas o ocorrido desastre entre membros, o choque entre animais, o prazer voluptuoso entre dois seres. O amor, apenas este incomensurável. Já lhe disse Te Amo? Esqueça que existo, os conformes são apenas um detalhe. Vazio existencial.


M. F. C.

Um comentário:

Barefoot. disse...

por mais que eu tente voltar aos pouquinhos, chego aqui e de cra me espanto. Não consigo mais dar continuidade a nada, nem a pensamento, muito menos a palavra, e levemente tenho a impressão de que um dos seus textos foi daqui, apagado. Queria lê-lo, se possível fosse!
Preciso de algo, não sei o que é, mas é tão fácil achar essência em você, que não resistir o descapricho de pedir!