quinta-feira, 25 de março de 2010

Doce Brisa

Está escuro aqui, as nuvens não são as mesmas, perdi seus olhos, mas ainda tenho em vista seu meigo e doce sorriso; ainda no balançar da doce brisa aromatizada tenho suas madeixas cravadas no meu peito invólucro por escudos ressentidos do passado. A inspiração que tinha, o hálito inspirador para as rimas se foram, falta-me os belos dias efêmeros perenes de antes, aquela poesia já não se faz tão ritmada, não tem alma, sem solo, em solo, é solo. Prefiro esperar as pompas do celibato iminente. Quero enxergá-la e ter a impressão de que o tempo não passou, e as coisas não se foram. As flores estão apenas objetivas, sem encanto, o orvalho é frio, e a vida não tem aquela vivacidade. Bravo! Inexorável permaneço, basta-me imaginar, quero simplesmente observá-la.

Um comentário:

Barefoot. disse...

Não concordooooo com nadaaa!!! A alma está pulsante em cada linha e temo que precisarei te obrigar a admitir: como falta inspiração em um texto tão lindo? Entende porque admiro? Tiras do vácuo a força e a delicadeza para escrever a você mesmo da melhor maneira possível, do jeito Maico de ser!