
Reconheço estes olhos lacrimejantes de ira
Compareço nestes sopros viajantes de reverso
Negra lua, vida sua, amostra divina
Vaga luz, morte cruz, vasto universo
Cadê o chão suportando a pureza
Pra quê então sustentar o firmamento
Desenlace este laço sufocando aquele tento
Ordene um pássaro cantar sua riqueza
Distribuo vermelhas rosas cortejando uma princesa
Arrisco-me desprotegido sofrer negativa visível franqueza
Ninguém percebe o quanto sou perseguido
Recolho as pétalas jogadas ao acaso
Perdi o zelo salutar sempre atento
Ninguém avista os montes? Tenho prazo
M. F. C.
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