sábado, 28 de novembro de 2009

Pétalas Jogadas ao Acaso


Reconheço estes olhos lacrimejantes de ira
Compareço nestes sopros viajantes de reverso
Negra lua, vida sua, amostra divina
Vaga luz, morte cruz, vasto universo

Cadê o chão suportando a pureza
Pra quê então sustentar o firmamento
Desenlace este laço sufocando aquele tento
Ordene um pássaro cantar sua riqueza

Distribuo vermelhas rosas cortejando uma princesa
Arrisco-me desprotegido sofrer negativa visível franqueza
Ninguém percebe o quanto sou perseguido

Recolho as pétalas jogadas ao acaso
Perdi o zelo salutar sempre atento
Ninguém avista os montes? Tenho prazo



M. F. C.

Nenhum comentário: