Incognoscível brilho, evidente sorriso
Intransponível luz, mostra-te você
Visível estrela, tenho dito
E falo, único ser
Olá moça aventureira, sinta
Arrisque viajar pelos vales
Conduza elementos, domine mares
Engane o óbvio, minta
Música de sua vivência
Coroa de seu espetáculo
Eleva-te complacente em clemência
És carinhosa aos circundantes
Reflexiva por agir pensar
Expressiva cantante és doravanteM. F. C.
Poesia feita à uma amiga.
A espera se fez relutante
A conquista anuncia apaixonando
O monge desperto acordou gritando
O advento esperto enxergou-se saltitante
A pérola renovada permitiu-se permitir
A mesma novata consentiu acontecer
O tempo maleável quer existir
O momento instável prefere viver
Carícias de intimidade, nozes roubadas
Trocas de verdade vozes sintonizadas
Assim pronuncia o início inesperado
Partimos juntos o brigadeiro apreciado
Ele aproveitou acreditar no instante
Assim alertou quer era esperadoM. F. C.
Em especial, diferentemente do que acontece quando escrevo, desta vez fiz este poema à pedido de um amigo meu, explicitando o início de um romance seu.
Reconheço estes olhos lacrimejantes de ira
Compareço nestes sopros viajantes de reverso
Negra lua, vida sua, amostra divina
Vaga luz, morte cruz, vasto universo
Cadê o chão suportando a pureza
Pra quê então sustentar o firmamento
Desenlace este laço sufocando aquele tento
Ordene um pássaro cantar sua riqueza
Distribuo vermelhas rosas cortejando uma princesa
Arrisco-me desprotegido sofrer negativa visível franqueza
Ninguém percebe o quanto sou perseguido
Recolho as pétalas jogadas ao acaso
Perdi o zelo salutar sempre atento
Ninguém avista os montes? Tenho prazoM. F. C.
Saborear o infortúnio transcende a caricata realidade
Meu deleite se cristaliza na reiterada calamidade
Meu enfeite se imortaliza nesta inventada esperança
Ignorar o dilúvio produz compreender nefasta vingança
E se fez o renascimento involuntário emergente
E se deixou acoplar real verdade insana
Ai de mim abstrair igual variedade mundana
Ai de mim receber tal merecimento divergente
Necessariamente a liberdade mergulhada em busca desenfreada
Irremediavelmente a mocidade contemporânea sem luta apaixonada
Presente languidez com retalhos contidos de entrega
O recorte transforma a alma doente tardia
A indiferença esconde a calma afoita louca
Oh escuridão graça minha, meu hálito diaM. F. C.